Lutadora é trans? Verdade vem à tona durante Olimpíadas de Paris
O Comitê Olímpico da Argélia (COA) veio a público falar sobre uns boatos que estão rolando por aí, dizendo que a boxeadora argelina Imane Khelif é trans. Isso aconteceu um dia antes da luta dela contra a italiana Angela Carini nas Olimpíadas de Paris.
O Comitê negou veementemente que Imane seja trans e até acusou a mídia estrangeira de “difamação”. Na oportunidade, eles disseram, “O COA condena fortemente a difamação e a perseguição antiéticas à nossa estimada atleta, Imane Khelif, com propaganda sem fundamento de certos meios de comunicação estrangeiros,” numa declaração pra BBC.
Mas olha só, eles não explicaram nada sobre o teste de gênero que deu errado ano passado durante o mundial de boxe. O Comitê Olímpico Internacional (COI) só disse que todos os atletas nas Olimpíadas estão dentro das regras e normas estabelecidas.
A Luta de Imane Khelif
A lutadora italiana Angela Carini falou pra imprensa que nunca tinha levado um soco tão forte depois da luta com Imane. Logo nos primeiros 30 segundos de luta, ela foi até o treinador ajustar o capacete, mas depois disso resolveu parar a competição.
“Eu tô acostumada a sofrer. Nunca levei um soco assim, é impossível continuar. Não sou ninguém pra dizer que é ilegal. Entrei no ringue pra lutar. Mas perdi a vontade depois do primeiro minuto. Comecei a sentir uma dor forte no nariz. Não desisti, mas um soco doeu demais, e então falei ‘chega’. Vou embora de cabeça erguida,” declarou a lutadora.
Ela diz que não é contra a decisão de deixar Khelif competir na categoria feminina, mas que a situação dela precisa ser levada em conta. “Eu não perdi hoje, apenas fiz meu trabalho como lutadora. Entrei no ringue, lutei e não consegui. Saio de cabeça erguida e com o coração partido. Sou uma mulher madura. O ringue é a minha vida. Sempre fui muito instintiva. Quando sinto que algo não tá certo, não é desistir, é ter a maturidade de parar,” finalizou.
Considerações Pessoais
Olha, a situação é complicada. No esporte, ainda mais nas Olimpíadas, as emoções estão sempre à flor da pele. A mídia estrangeira pode ter exagerado, mas a falta de clareza do COA também não ajuda. E a dor da Angela, dá pra sentir nas palavras dela. A luta não é só física, mas emocional também.
Lembro uma vez no colégio, quando participei de uma competição de atletismo. Uma colega caiu feio e todo mundo começou a cochichar que ela não tinha preparo, que devia estar ali só pra aparecer. No final, ela se levantou, terminou a corrida e saiu de cabeça erguida. Lendo sobre a Angela, me lembrei disso. A força não está só em ganhar, mas em como a gente lida com os desafios.
Um Olhar Atual
Hoje em dia, as discussões sobre gênero e esporte estão mais presentes do que nunca. Não é só sobre quem é mais forte ou mais rápido, mas sobre respeito e inclusão. A história da Imane e da Angela mostra como ainda temos um longo caminho pela frente.
E você, o que acha? Já participou de alguma competição ou viu uma situação parecida? O esporte tem essa capacidade de unir e dividir ao mesmo tempo. Vamos ver como essa história se desenrola nas próximas semanas.